Bicicletaria Cultural convida Fabi Borges para falar de “Arte Espacial, CosmoPerspectiva, Políticas e Poéticas Orbitais, Arte & Ciências Espaciais” – Curitiba/PR/Brasil.

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Cultura Espacial & Arte Espacial

Nessa palestra Fabi Borges fala sobre a aproximação das Artes com as Ciências Espaciais ao longo da história da corrida espacial, trazendo dados científicos e artísticos para pensar a atual idade da Terra (antropoceno e seus derivados) e os conflitos entre movimentos de ecologia e de exploração espacial, como mais um dos pontos nodais do nosso tempo.

Suas ideias orbitam campos da arqueoastronomia, da ficção científica e especulativa, da filosofia da ciência assim como das políticas e poéticas orbitais. Traz conceitos como Cosmoperspectivismo, Subjetividade Terrestre, Ancestrofuturismo para dentro do campo da Ciência Espacial, assim como ocupa a arte com discussões da Tecnologia Espacial e Engenharia de satélites. Mostra relações entre os programas espaciais e as residências artísticas ao longo da segunda metade do século XXI até agora, mostrando especificidades das artes visuais, mas também do cinema e da música.

Fala do SACI-E, plataforma de Cultura Espacial e Residências Artísticas que dirige no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), promovida pela CGETE (Coordenação Geral de Engenharia e Tecnologia Espacial, contando as estratégias que usou para conseguir abrir a residência e suas experiências junto com cientístas e técnicos das mais diversas áreas de pesquisa como Astrofísica, Sensoriamento Remoto, Geofísica, Sistemas Terrestres, Clima Espacial, entre outros. Também apresenta a primeira artista a fazer parte da residência Karina Karim, falando do seu projeto “Satélite Afrofuturista ou OriSat” e de como se configurou a relação da arte com a pesquisa espacial no INPE. O SACI-E tem como interesse construir acesso à pesquisa de tecnologia e ciência espacial e potencializar a Cultura Espacial no Brasil e América do Sul.

Por fim apresenta os festivais Comuna Intergaláctica e a Revista Extremophilia, como forma de alavancar um pensamento cósmico e científico ao mesmo tempo, potencializando as práticas artísticas nessa área e criando processos transdisciplinares, que ampliem a visão sobre as questões da Cultura Espacial no Terceiro Mundo.

Para saber mais:

Blog do SACI-E – https://sacieartscience.wordpress.com/

Vídeo do SACI-E/INPE – https://www.youtube.com/watch?v=zKuAxUtJ9xU

Livro: Poéticas Cosmopolíticas – Textos de Fabi Borges: Astrofuturismo ou Comunicabilidade entre monolito, oceano e humanoide – http://editoracircuito.com.br/website/wp-content/uploads/2019/05/poeticas-cosmopoliticas.pdf

Revista Extremophilia – Arte Subjetividade Cultura Espacial – https://periodicos.unb.br/index.php/dasquestoes/issue/view/1501

Tese de doutorado de Fabi Borges – Em Busca da Cultura Espacial – https://catahistorias.files.wordpress.com/2013/04/na-busca-da-cultura-espacial-web.pdf

MINIBIOGRAFIA

Fabiane M. Borges: Atua na interseção entre clínica, arte e tecnologia. Trabalha como psicóloga (presencial e online), é ensaísta, tendo escrito e organizado publicações entre periódicos acadêmicos, coleções e livros pessoais. Articula duas redes / festivais internacionais: Tecnoxamanismo (tecnologia & ancestralidade) e Comuna Intergaláctica (Arte & Ciências Espaciais). É pós-doutora em Artes Visuais pela EBA / UFRJ – Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro / 2016-2018. Fez estágio doutoral em Artes Visuais na Goldsmiths University of London / 2011, atualmente faz pós-doutorado na ETE / INPE (Engenharia e Tecnologia Espacial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais / 2019), dedicado à arte e à ciência focado em projetos espaciais que também incluem sistemas terrestres e Filosofia da Ciência. Desde julho de 2019 organiza a SACIE (Subjetividade, Arte e Ciências Espaciais), um programa de pesquisa e residências artísticas no programa espacial brasileiro (INPE), onde desenvolve uma série de atividades voltadas à Cultura Espacial. É organizadora da revista Extremophilia, lançada em 2018. Sua formação acadêmica é em Psicologia, com mestrado e doutorado em Psicologia Clínica (PUC / SP), todo o seu trabalho tem como foco a produção de subjetividade. Atua na fronteira entre Arte e Clínica, tendo desenvolvido vários programas imersivos focados em sonho e imaginário, operando com ficção, especulação, criação. Algumas de suas ações foram apoiadas por instituições como Instituto Goethe, SESC, MAC, MAST, MAR, Museu do Amanhã, Observatório Valongo, Planetário Ibirapuera, Núcleo de Artes e Novos Organismos PPGAV / UFRJ – (Brasil), Centro de Arte Contemporânea (Equador), Universidade de Aarhus – Departamento de Estudos da Informação e Design Digital (Dinamarca), STWST / Ars Electronica (Áustria), Universidade SenseLab Concordia (Canadá), XenoEntities (Alemanha), Transmediale (Alemanha), Grow Tottenham, Museu de Arte Si Shang (Pequim/China) etc. Ela mora em São Paulo em uma casa coletiva onde planta orgânicos, organiza festas, shows, reuniões, oficinas, imersões, terapias de grupo, etc. (Casa Japuanga, SP).

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